terça-feira, 11 de agosto de 2020

Dominando a língua (2)

A Bíblia afirma que a nossa língua é “um mundo de iniquidade” e que ela “contamina a pessoa por inteiro... Com a língua bendizemos o Senhor e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus” (Tiago 3.6,9).

Quando o profeta Isaías viu a glória do

Senhor, ele imediatamente se conscientizou de que seus lábios eram impuros: “No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor assentado num trono alto e exaltado, e a aba de sua veste enchia o templo. Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6.1,5).

O rei Davi também sabia que palavras expressas impensadamente poderiam causar muito sofrimento. Por isso ele orou: “Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios. Não permitas que o meu coração se volte para o mal...” (Salmo 141.3-4). Numa tradução mais livre: “Senhor, vigie a minha língua, coloca um guarda à porta dos meus lábios! Não permita que eu siga minhas tendências para que eu não fale mal nenhum e não cometa nenhuma ofensa...”.


Por que as pessoas mentem? Porque há falsidade em seus corações: “O perverso não tem caráter. Anda de um lado para o outro dizendo coisas maldosas... tem no coração o propósito de enganar; planeja sempre o mal e semeia discórdia” (Provérbios 6.12-14).

Hoje ninguém mais precisa morrer por causa de mentiras, difamações, comentários maldosos, exageros ou minimizações. A graça de Jesus está acima da lei.

 

O que devemos vigiar em nossa língua?

Devemos vigiar e preservar nossa língua em principalmente três áreas:

1.      Mentira. Já no livro de Êxodo consta: “Não se envolva em falsas acusações...” (Êxodo 23.7). E no Novo Testamento somos exortados: “Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo” (Efésios 4.25). Ou seja, ninguém deve desconsiderar uma mentira – ela deve ser confrontada. Uma meia verdade é uma mentira inteira. Em Apocalipse consta inconfundivelmente que os mentirosos não entrarão no céu e que seu lugar será no lago de fogo (ver Apocalipse 21.8,27).

2.      Difamação e comentários maldosos. Com quanta rapidez conseguimos prejudicar uma outra pessoa por meio de palavras! Por isso não podemos relevar a difamação e os comentários maldosos; pelo contrário, eles estão entre o que há de mais indecente e grave. Sobre isso, lemos no Salmo 15.1-4: “Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo; que de coração fala a verdade e não usa a língua para difamar; que nenhum mal faz ao seu semelhante e não lança calúnia contra o seu próximo; que rejeita quem merece desprezo, mas honra os que temem o Senhor; que mantém a sua palavra, mesmo quando sai prejudicado” (Salmo 15.1-4).

3.      Exagerar ou minimizar. Com quanta facilidade exageramos quando se trata de nossas boas ações; mas, ao falarmos algo de bom sobre outra pessoa, tendemos antes a diminuir do que aumentar. Por isso o salmista orou, como já lemos: “Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios. Não permitas que o meu coração se volte para o mal...” Salmo 141.3-4).

 

Perdão por meio da confissão de culpa

Após a conquista de Jericó, Acã tomou para si algo indevidamente e, por isso, Israel inteiro sofreu, e o pecado foi posteriormente revelado. No entanto, mesmo que o culpado já havia sido revelado, Josué disse a Acã: “Meu filho, para a glória do Senhor, o Deus de Israel, diga a verdade. Conte-me o que você fez; não me esconda nada”. (Josué 7.19). Acã respondeu: “É verdade que pequei contra o Senhor, o Deus de Israel. O que fiz foi o seguinte...” (verso 20). De acordo com a lei, Acã foi morto por causa do seu delito.

Hoje ninguém mais precisa morrer por causa de mentiras, difamações, comentários maldosos, exageros ou minimizações. A graça de Jesus está acima da lei. No entanto, devemos sempre confessar os nossos pecados: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1.9).



Um grande abraço

na Paz de Cristo.


Pr. Capelão

Edmundo M. Silva




quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Dominando a língua (1)

A Bíblia afirma que a nossa língua é “um mundo de iniquidade” e que ela “contamina a pessoa por inteiro... Com a língua bendizemos o Senhor e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus” (Tiago 3.6,9).

Na Palavra de Deus encontramos inúmeras orientações e exortações para lidar corretamente com a nossa língua, como por exemplo: “Afaste da sua boca as palavras perversas; fique longe dos seus lábios a maldade” (Provérbios 4.24). Numa tradução mais livre, seria: “Não permita que sua boca pronuncie inverdades; que não saia nenhuma difamação nem engano de seus lábios”. Tudo o que for falso, tudo que distorce a verdade e tudo o que engana é mentira.

Ser obediente com nossa língua não estaria entre as coisas mais difíceis para nós praticarmos? De acordo com uma pesquisa feita entre alemães com idade acima de 14 anos, cada pessoa emite uma mentira a cada 8 minutos: “Isso representa em torno de 200 inverdades proferidas por dia” (Topic, nº 4/2002).

A Bíblia fala muito corretamente sobre nossa língua: “A língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. Com a língua bendizemos o Senhor e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim!” (Tiago 3.8-10).

Segue um caso real:

Um homem rico havia convidado várias pessoas. Ele encarregou o seu chefe de cozinha para preparar o melhor prato para a ocasião festiva. Este se dirigiu ao mercado e comprou línguas – nada além de línguas. Ele as preparou como o primeiro, o segundo e o terceiro pratos. Os convidados elogiaram a fina composição da refeição bem como a sua ideia original. No entanto, eles naturalmente não haviam imaginado que comeriam somente línguas. O anfitrião ficou irritado com isso e mandou chamar o cozinheiro chefe para perguntar: “Eu não lhe mandei comprar o melhor?”. O chefe respondeu: “Existe algo melhor do que a língua? Ela é o laço na vida comunitária, a chave para todo o conhecimento, o órgão que proclama a verdade e a razão. A língua merece gratidão toda vez que são construídas cidades, quando pessoas recebem instrução e formação”.

“Isso é verdade”, concordou o anfitrião, e encarregou o cozinheiro para que comprasse o pior prato para o dia seguinte. Este foi novamente comprar línguas – somente línguas. Novamente ele mandou prepará-las para o banquete. Como os convidados eram os mesmos, eles rapidamente perderam o apetite. O anfitrião sentiu-se envergonhado e zombado. Muito irritado, mandou chamar o cozinheiro: “Afinal, que ideia era essa?”. A resposta foi: “A língua também é a pior coisa que há sobre a terra, é a mãe de todas as brigas e discussões, a fonte de todos os processos, de todas as diferenças de opiniões, o instrumento que agita para a guerra e conduz ao extermínio. Ela é o órgão que espalha o engano e conversas maldosas. Cidades são destruídas por causa dela, vidas humanas são destruídas e pessoas são convencidas a praticar o mal”.

 

A seriedade de uma língua desenfreada

Uma língua que não está sob o domínio do Espírito Santo destrói qualquer esforço espiritual: “Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!” (Tiago 1.26).

 

O Senhor Jesus afirmou certa vez que o homem precisará prestar contas de toda palavra inútil que tiver falado (Mateus 12.36 Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo”). Assim, tudo está registrado no céu.

 

Medite nesta mensagem!  

 

Um grande abraço em Cristo,

Pr. Capelão Edmundo M. Silva